Nos ensinamentos de Chico Xavier, André Luiz e Divaldo Franco, o processo de desencarne é retratado como uma fase de transição entre o plano físico e o espiritual, mas não como o fim da existência. O espírito, ao deixar o corpo, continua sua jornada de aprendizado e evolução. O que acontece após a morte varia conforme o nível de consciência espiritual e moral da pessoa desencarnada.
A Consciência da Morte
Nem todos os espíritos têm plena consciência de que morreram logo após o desencarne. Aqueles que estavam muito apegados à vida material ou que desconheciam a existência de uma realidade espiritual podem experimentar confusão, acreditando que ainda estão vivos no corpo físico. Espíritos mais esclarecidos, por outro lado, percebem a morte de forma mais tranquila e natural, compreendendo que se trata apenas de uma mudança de plano, como a troca de vestes.
A Atuação dos Mentores Espirituais
O mentor espiritual ou um guia, muitas vezes um espírito protetor, desempenha um papel fundamental no desencarne. Ele se aproxima para acalmar e orientar a alma recém-desencarnada, especialmente em momentos de confusão ou medo. Em muitos casos, o mentor ajuda a pessoa a se desvencilhar dos laços energéticos que a mantêm conectada ao corpo físico, guiando-a para uma nova fase de vida espiritual. Este auxílio é especialmente forte para aqueles que têm uma vida de maior equilíbrio espiritual.
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Aproximação de Parentes Desencarnados
É comum que parentes ou amigos desencarnados tentem se aproximar do recém-desencarnado para lhe oferecer conforto e apoio. Essa aproximação depende das afinidades espirituais entre os envolvidos. No entanto, se o espírito desencarnado está muito preso às questões materiais ou emocionais, pode ter dificuldade em perceber a presença desses entes queridos.
Reações ao Desencarne
As reações ao desencarne variam bastante. Pessoas com conhecimento espiritual e preparação para a morte tendem a passar por essa transição de forma mais serena. Elas entendem que a morte é parte do processo natural da vida e que a vida continua em outro plano. Por outro lado, aqueles sem esse entendimento ou que estavam profundamente ligados ao mundo material podem sentir angústia, medo e apego, prolongando a sensação de sofrimento.
O Equívoco do "Descanso Eterno"
A expressão "eterno descanso em paz" está enraizada em crenças que associam a morte com o fim de toda atividade, um período de repouso infinito. No entanto, segundo a visão espírita, essa ideia é equivocada, pois a morte não é o fim, mas o começo de uma nova fase de aprendizado e trabalho. O espírito continua sua evolução, e isso implica, muitas vezes, em um trabalho mais intenso e dedicado, seja em missões de auxílio aos encarnados, seja no próprio crescimento moral e intelectual. O espírito pode encontrar-se em colônias espirituais, como "Nosso Lar", desempenhando atividades voltadas ao progresso, à ajuda aos necessitados e ao desenvolvimento de suas habilidades e virtudes.
Por que as Pessoas Dizem Isso?
A ideia do "descanso eterno" surgiu a partir de concepções antigas que viam a morte como um alívio das dores e tribulações da vida terrena. Para muitos, que não têm uma compreensão clara da continuidade da vida, essa visão traz conforto. Contudo, no Espiritismo, é compreendido que o espírito segue ativo após a morte, participando do processo contínuo de evolução, de acordo com a lei do progresso.
Portanto, a morte, longe de ser um repouso eterno, marca o início de uma nova etapa de trabalho e crescimento.
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