E se essa fosse sua última encarnação?

 

meditar e ascensão

Relato 1: Permanecendo na Terra de Quinta Dimensão

Eu estava sentada em silêncio, meditando, quando a revelação veio. Era como um sussurro suave que atravessava a minha mente, mas ao mesmo tempo, trazia uma certeza absoluta. Havia alcançado a frequência da quinta dimensão. Meu coração se encheu de uma paz tão profunda que parecia flutuar no espaço-tempo. Não havia mais o peso das preocupações, da competição, da pressa. Apenas um estado de harmonia, uma conexão pura com Gaia.

Respirei fundo, sentindo o ar entrar em meus pulmões como se fosse parte de mim, parte da Terra. Eu sabia que muitas almas ainda estavam presas no ciclo da terceira dimensão, envoltas no medo, na luta pelo poder e no desejo de controle. Mas de alguma forma, eu havia transcendido isso. O caminho não foi fácil, tantas sombras a enfrentar, tantos medos a dissolver. Mas agora, tudo fazia sentido. Minha jornada de autoconhecimento, de buscar a verdade dentro de mim, me trouxe até aqui.

A sensação de gratidão era esmagadora. Eu poderia ficar. Continuar a viver neste novo mundo, onde a compaixão, o amor incondicional e a unidade eram a regra. E o mais bonito de tudo era saber que cada passo dado em direção à luz também ajudou outros a darem seus próprios passos. Senti uma profunda responsabilidade, um chamado para continuar ancorando essa nova energia, ajudando Gaia em sua ascensão.

Lágrimas escorreram pelo meu rosto, não de tristeza, mas de alegria. Era uma honra estar aqui, ser parte desta transição planetária. A Terra estava mudando, e eu estava pronta para mudar com ela.


Relato 2: Última Encarnação na Terra

Quando recebi a notícia, algo dentro de mim quebrou. Esta seria minha última encarnação na Terra. Não porque eu havia cumprido minha missão ou porque estava pronta para ascender, mas porque falhei. Falhei em me alinhar à nova vibração da Terra, e agora, seria "expulso". A palavra ecoou na minha mente como um trovão distante, mas que se aproximava mais a cada segundo.

Fui tomado por uma sensação de vazio, como se todo o chão tivesse sido retirado debaixo dos meus pés. Toda minha vida, cada escolha, cada decisão, parecia estar se dissolvendo em um turbilhão de arrependimento. Não importava o quanto eu justificasse minhas atitudes, no fundo, eu sabia que algo estava faltando. Eu ainda estava preso à necessidade de competir, de me defender, de controlar. Ainda via a vida como uma batalha, e agora, o preço dessa visão estava diante de mim.

O peso da responsabilidade caiu sobre meus ombros com uma força esmagadora. Eu seria levado para outro lugar, para outro planeta, uma realidade compatível com minha frequência atual. Gaia não me rejeitava por ódio ou castigo, mas porque não podia mais me sustentar. Eu não era mais compatível com a Terra. Era um sentimento de ser exilado, não por algo externo, mas por não ter conseguido me transformar internamente.

A dor era profunda, mas ao mesmo tempo, havia uma pequena chama de esperança. Uma parte de mim sabia que o ciclo continuaria, que em outro lugar, eu teria uma nova chance de aprender, de evoluir, de reencontrar o caminho para a luz. Mas não era o que eu queria. Eu queria estar aqui, no lar que conhecia, neste planeta que, mesmo com todas as suas dificuldades, sempre foi minha casa.

Respirei fundo, tentando absorver a realidade da situação. A tristeza ainda estava lá, mas também uma aceitação lenta, dolorosa, mas necessária. Eu havia falhado desta vez, mas a jornada espiritual é infinita, e talvez, em outro lugar, eu encontrasse o caminho de volta para Gaia.

 

Publicidade

 

 Análise dos dois relatos

Os dois relatos são expressões de realidades possíveis, dependendo do caminho que escolhemos seguir nesta jornada espiritual. O primeiro relato traz a sensação de plenitude, paz e realização, onde a transformação interior nos permite continuar evoluindo junto com Gaia, ancorando energias mais elevadas e contribuindo para o bem maior. Nesse cenário, a pessoa já superou suas sombras, transmutou medos e encontrou uma conexão profunda com a Terra e o cosmos, vivendo em harmonia com as leis do amor incondicional e da unidade.

Já o segundo relato revela a dor da separação e a sensação de fracasso. A pessoa percebe que, por não ter se desapegado dos antigos padrões de competição, medo e controle, não está pronta para permanecer na Terra enquanto ela se eleva. Esse sentimento de “exílio” traz tristeza e arrependimento, mas ao mesmo tempo, aponta para a verdade de que o aprendizado nunca termina. Cada encarnação, cada experiência, é uma nova oportunidade de crescimento, e até mesmo a "expulsão" é uma forma de recomeçar.

Reflexão final

Ambos os relatos nos mostram que estamos todos em um processo contínuo de evolução. Para alguns, a transformação acontece mais cedo, para outros, mais tarde. Mas independentemente de onde nos encontramos agora, sempre há a possibilidade de mudança. O tempo é um aliado na nossa jornada, e ele nos dá infinitas oportunidades de corrigir o curso.

No segundo relato, mesmo diante da dor de saber que não estava pronto, a chama da esperança não se apaga. Porque, no fundo, a jornada espiritual não se trata de alcançar a perfeição em um único ciclo de vida. Ela é feita de ciclos contínuos de aprendizado, onde a evolução acontece em camadas, pouco a pouco. E, talvez o mais importante, nunca é tarde demais para começar a se transformar.

Assim, mesmo se hoje eu ainda não estiver preparado, sei que posso me melhorar desde já. Cada escolha, cada ato de bondade e compaixão me aproxima dessa nova frequência que Gaia está manifestando. E quem sabe, com esforço e intenção sincera, ainda posso mudar o rumo final da minha jornada. A vida espiritual é fluida, e o que parecia um destino fixo pode sempre ser alterado. No fim, tudo é aprendizado. O que importa é que, enquanto houver vontade de crescer e de se alinhar ao amor, haverá esperança. Nunca é tarde demais para mudar.

 

Publicidade

 

 

Comentários