O Silêncio como Portal para o Sagrado
Há um instante, entre o barulho do mundo e o pulsar do coração, onde algo sagrado se revela.
Não chega com palavras, não exige entendimento. Ele simplesmente se apresenta.
Esse instante tem um nome antigo, e ainda assim esquecido: silêncio.
Vivemos em um tempo onde tudo fala. As notificações, os pensamentos acelerados, as vozes externas e internas competem por atenção. Nessa orquestra descompassada, o silêncio tornou-se quase uma ameaça. Mas, na verdade, ele é o caminho de volta.
O silêncio como cura
Muitos dos desconfortos que sentimos — ansiedade, confusão, cansaço — nascem da desconexão com nosso próprio centro.
E o que nos leva de volta a ele, na maioria das vezes, não é uma técnica mirabolante, uma resposta imediata ou um conselho externo.
É a escuta.
E escuta requer silêncio.
Na prática terapêutica, o silêncio tem um papel precioso: ele é espaço seguro.
É o momento onde o corpo começa a relaxar e a alma começa a falar.
É ali que a pessoa se permite sentir, acessar memórias, trazer à tona o que estava guardado.
O silêncio é como um espelho limpo onde, enfim, nos reconhecemos sem máscaras.
Experimentar o silêncio com consciência é como deitar no colo do invisível e dizer: “Pode me mostrar o que eu preciso ver.”
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O silêncio como prática espiritual
Silenciar não é calar.
É abrir espaço.
É permitir que algo maior se aproxime — seja Deus, o Eu Superior, o Universo, ou a sabedoria da alma.
Espiritualmente, o silêncio é o solo fértil onde brotam os insights.
É onde percebemos sinais que antes passavam despercebidos: uma sensação no peito, um arrepio leve, uma lembrança que carrega resposta.
Não precisamos fazer esforço: basta presença.
Como praticar o silêncio consciente?
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Escolha um lugar tranquilo. Pode ser seu quarto, um cantinho com vela ou natureza.
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Sente-se com a coluna ereta. Feche os olhos. Respire naturalmente.
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Permita o silêncio. Não lute contra os pensamentos, apenas os observe.
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Escute. Talvez surja uma intuição, um alívio, um recado interno.
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Agradeça. Mesmo que nada tenha “acontecido”, algo foi plantado.
Comece com 3 minutos por dia. Aos poucos, o silêncio se tornará uma prática sagrada.
Um convite
Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa de pessoas que saibam silenciar.
Pessoas que não tenham medo de mergulhar em si mesmas.
Pessoas que consigam sustentar o vazio sem preenchê-lo com urgência.
O silêncio não é ausência.
É presença pura.
É ali que mora o Sagrado.
Feche os olhos. Respire. Permita-se ouvir.
No fundo, ele sempre esteve esperando por você.
Aprenda a meditar com este vídeo!
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