Por Que a Verdade Assusta? O Que Sócrates, Jesus, Galileu e Outros Têm em Comum

 

Sócrates



A Verdade Que Assusta: Um Reflexo Sobre Sócrates, Jesus, Galileu, Luther King, Malala e Todos Que Rompem Correntes

Ao longo da história, certas figuras surgiram como faróis em meio à escuridão — pessoas que enxergavam além, que ousavam questionar as verdades estabelecidas e que, por isso, foram combatidas, odiadas, perseguidas. Entre elas estão Sócrates, Jesus, Galileu Galilei, Martin Luther King Jr., Malala Yousafzai e tantos outros que colocaram suas vidas em risco não por ganância ou poder, mas por amor à verdade e ao despertar humano.

Mas o que exatamente eles têm em comum?

Eles incomodavam porque despertavam

Essas figuras não eram revolucionárias armadas nem agitadores políticos no sentido vulgar. Eram despertadores de consciência. Eles ensinavam as pessoas a olhar para dentro, a questionar o mundo à sua volta, a não engolir passivamente o que lhes era imposto.

Sócrates andava pelas ruas de Atenas perguntando às pessoas sobre o que achavam que sabiam, desmontando certezas vazias. Jesus mostrava um caminho de amor radical, de compaixão verdadeira, que confrontava diretamente as hipocrisias religiosas e sociais de sua época. Galileu ousou olhar para o céu e dizer: “Os fatos não dependem do que vocês querem acreditar.” Luther King sonhava com um mundo onde a cor da pele não definisse a dignidade. Malala levantou a voz por meninas que queriam estudar.

Eles não queriam destruir por destruir — queriam libertar.


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Por que o sistema quis se livrar deles?

O sistema (seja ele político, religioso, econômico) não teme tanto a violência quanto teme a ideia. Uma ideia verdadeira, quando espalhada, ameaça derrubar castelos de cartas:

  • Ela faz o povo perceber que pode questionar;

  • Que pode recusar a obediência cega;

  • Que pode mudar seu destino.

E o poder não sobrevive sem controle.
O sistema teme quem aponta para a ignorância, porque isso ameaça os alicerces do domínio. Por isso, quando não podem destruir a verdade, tentam destruir o mensageiro. Foi assim com Sócrates (forçado a beber cicuta), com Jesus (crucificado), com Galileu (ameaçado de tortura), com Luther King (assassinado), com Malala (baleada).

O que eles oferecem às pessoas?

Eles oferecem algo assustador e libertador: autonomia.
Eles tiram as vendas dos olhos, dão ferramentas para pensar, para olhar além, para não aceitar tudo como vem embalado. Isso assusta porque, ao nos libertarmos, já não podemos mais nos esconder atrás das velhas desculpas.

A partir do momento que alguém vê a verdade, não pode mais fingir que não viu. A verdade carrega consigo responsabilidade. E muitos não querem isso. Preferem odiar quem mostra a verdade do que lidar com ela.

Por que os poderosos não querem que as pessoas pensem?

Porque quem pensa:

  • Questiona preços, leis, tradições, dogmas, chefes, líderes, gurus;

  • Busca justiça, igualdade, coerência;

  • Não aceita facilmente ser massa de manobra.

Para manter as estruturas de poder, é mais fácil ter um povo distraído, dividido, desinformado ou entretido do que um povo consciente, unido e questionador. E isso não mudou. Hoje talvez não crucifiquem fisicamente, mas ridicularizam, cancelam, silenciam, desmonetizam, marginalizam. A tecnologia mudou, mas o padrão é o mesmo.

Hipótese: Se Jesus viesse hoje, seria morto novamente?

Provavelmente, sim.
Talvez não numa cruz, mas seria chamado de subversivo, lunático, perigoso. Seria difamado nas redes, atacado nos noticiários, possivelmente silenciado politicamente ou financeiramente.
Por quê? Porque ele não seria apenas uma figura mística de amor — ele confrontaria sistemas inteiros de opressão, ganância e hipocrisia.
Ele diria verdades que ninguém quer ouvir, assim como fez antes.

Por que precisamos dessas figuras?

Porque nós esquecemos facilmente.
Precisamos sempre de pessoas que reacendam a chama, que nos tirem do torpor, que nos lembrem de olhar para dentro e nos perguntarmos: “O que eu estou aceitando sem questionar? O que eu não quero enxergar? Onde eu estou sendo incoerente?”

A verdade, no fim, não pode ser morta. Ela pode ser escondida, abafada, atrasada — mas nunca extinta. Esses grandes nomes da história são lembretes vivos de que o despertar humano pode ser lento e doloroso, mas é inevitável. E cabe a cada um de nós escolher: queremos ser parte da massa adormecida ou queremos ser, mesmo que em silêncio, aqueles que veem e seguem firmes?

 

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