A frase de Nisargadatta Maharaj — “Se desejas paz e tranquilidade, não ame o transitório, ame o eterno” — é um convite à reflexão sobre o que realmente buscamos em nossas vidas. Em um mundo que valoriza excessivamente bens materiais, aparência e conquistas temporárias, o ensinamento nos lembra de voltar o olhar para aquilo que não passa, não envelhece e não pode ser destruído: o eterno.
Mas afinal, o que é transitório e o que é eterno? Como aplicar esse ensinamento no dia a dia? Vamos aprofundar.
O que significa “não ame o transitório”?
O transitório é tudo aquilo que tem prazo de validade:
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Bens materiais: carros, casas, roupas, tecnologia. Hoje são novidade, amanhã tornam-se ultrapassados.
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Status social e poder: cargos, reconhecimento e fama desaparecem com o tempo.
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Relações superficiais: baseadas em interesse ou carência, não em essência.
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O corpo físico: o invólucro que habitamos. Devemos cuidar dele com amor e responsabilidade, mas não cultuá-lo como se fosse eterno.
Quando nos apegamos demais ao transitório, criamos sofrimento, pois inevitavelmente ele nos será tirado.
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O que é o eterno?
O eterno é aquilo que não se perde com o tempo:
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A consciência – nossa essência mais profunda, além do corpo e da mente.
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O amor verdadeiro – não condicionado por formas externas.
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A paz interior – quando não depende de circunstâncias externas.
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O espírito/alma – a parte imutável e divina em nós.
Amar o eterno significa voltar-se para dentro, conectar-se com o que não morre, com o que está além do nascimento e da morte.
O corpo: invólucro transitório que deve ser cuidado, não idolatrado
O corpo é um veículo sagrado, mas temporário. Assim como cuidamos de uma casa sem confundi-la com quem somos, também devemos cuidar do corpo com respeito, saúde e equilíbrio — mas sem torná-lo um ídolo.
O culto exagerado à aparência gera ansiedade, vaidade e frustração. Já o cuidado equilibrado promove bem-estar e longevidade, sem nos afastar do essencial: a consciência.
Por que amar o eterno traz paz e tranquilidade?
Quando focamos no eterno:
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Não sofremos com as perdas inevitáveis.
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Encontramos serenidade em meio às mudanças.
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Libertamo-nos da busca incessante por prazer e aprovação.
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Reconhecemos que somos mais do que corpo e mente.
Amar o eterno não significa rejeitar o mundo, mas viver nele com desapego consciente, aproveitando o transitório sem ser escravizado por ele.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. O que significa “não ame o transitório” na prática?
Significa não colocar sua felicidade em coisas que inevitavelmente acabarão, como bens, status ou aparência.
2. Amar o eterno é o mesmo que renunciar ao mundo?
Não. É viver no mundo, usar o transitório com sabedoria, mas sem apego ou dependência.
3. Como começar a amar o eterno?
Através da meditação, do autoconhecimento, da prática espiritual e do cultivo do amor incondicional.
4. Qual a diferença entre cuidar do corpo e cultuá-lo?
Cuidar é manter saúde e equilíbrio. Cultuar é colocar todo o sentido da vida na estética ou juventude, esquecendo que o corpo envelhece.
O ensinamento de Nisargadatta Maharaj é simples e profundo: “Se desejas paz e tranquilidade, não ame o transitório, ame o eterno.”
O mundo externo é instável e passageiro. Só no contato com o eterno encontramos paz verdadeira. Quando cuidamos do corpo sem idolatria, usufruímos dos bens sem escravidão e cultivamos relações na essência, então vivemos a vida com leveza, plenitude e sabedoria.
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